sábado, 6 de junho de 2009

continuação

A afirmação básica dessa doutrina é que a unidade de Deus é complexa. As três "subsistências" pessoais (como são chamadas) são centro co-iguais e co-eternos de autocosciência, cada qual sedo "eu" em relação aos dois que são "vós", e cada qual participando da plena essência divina (a "substância" da Deidade, se assim podemos chamá-la) juntamente com os outros dois. Eles não são três papéis representados por uma pessoa (o que seria modalismo), nem são três deuses agrupados (o que seria triteísmo); o Deus ("ele") é, igualmente, "eles", e "eles" estão sempre juntos e sempre cooperando, com o Pai iniciando, o Filho aquiescendo e o Espírito executando a vontade de ambos, que também é a sua. Essa é a verdade acerca de Deus, a qual foiii revelada através das palavras e obras de Jesus, e que dá suporte à realidade da salvação à medida que o Novo Testamento a expõe.
A importância prática da doutrina da Trindade é que ela requer que demos igual atenção e igual honra às três pessoas na unidade de seu gracioso ministério para conosco. Esse ministério é o ponto central do evangelho, que, como demonstra a conversa de Jesus com Nicodemos, não pode ser declarado sem incluir seus diferentes papéis no plano da graça de Deus (Jo 3.1-15; notem-se especialmente os vv 3, 5-8, 13-15, bem como os comentários expositivos de João, que a NIV traduz como parte da própria conversação, vv. 16-21). Todas as formulações não-trinitárias da mensagem cristã são, pelos padrões bíblicos, inadequadas e, de fato, fundamentalmente falsas, tendendo naturalmente a deformar a vida cristã.
J. I. Packer - Teologia Concisa - Trindade - pg 45, 46 - Ed. Cultura Cristã.
Leituras do dia: Sábado – 06/06: Salmo 55; Salmo 138, 139:1-17 (18-23); Deuteronômio 29:2-15; 2 Coríntios 9:1-15; Lucas 18:15-30

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